segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O NECRONOMICON

A COZINHA DO DIABO
VIOLA SPOLIN HARDCORE

artaud+quadrinhos+brecht+chomkys++manifesto comunista+berserk+hellblazer+ficçao cientifica+brecht ++brethc(quadrinhos)+grant morrison+reise reise+clive barker+guimaraes rosa+heiner miller+frank miller+walter benjamin+adorno+cultura popular+as ruinas todas que estao ai como ferramentas barbaras+as palavras daqueles que tem a rua como lugar para morar+marx+grupos de teatro da periferia+giger+caricatura+movimentos sociais+picasso+rage against machine+moebius+garagem hermetica+xamanismo+brujeria+dead kennedys+atari teenage riot+racionais+secos e molhados+the wall+ramones+trostky+lenin+livros da magia+philip dick+a miseria da filosofia=FODA-SE o capitalismo esta transformando o mundo num filme vagabundo de ficcçao cientifica :
OS MEIOS BARBAROS CONTRA A BARBARIE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

NANANO_AS NARRATIVAS DO NAVIO NOMADE


O NECRONOMICON

esta é uma peça de teatro
a ação dela começa no momento em que a mensagem é lida.

um guia espiríta de pragas e injurias para um capitalismo insustentável

"os homens cultivam com tanto afinco seus afazeres e suas ciências simplismente para com isso fugir às perguntas mais importantes" (citação. busque a fonte)



1_vivemos numa época de transição histórica para o que?
2_o que saíria da sua boca no seu último dia de vida?

http://inventariosdabarbarie.blogspot.com
versificando-chapelaria.blogspot.com
www.viuvas-de-marx.blogspot.com.

NANADAICA_O NECROLIVRO DAS MALDIÇÕES

João Constino_O Caricaturista

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A poesia rompe
o inexorável nada,
retira da resignação
sopro e palavra...
Corrói a crosta
das fachadas,
o lacre das tumbas;
abre fendas
brota em asas,
lev’embora as sombras.

Por fim,
a poesia provoca,
lambe as feridas
amassa o barro, assopra...
“Iskra” fecunda.

maria rodrgues

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A via do urbanismo unitário (Guy Debord)

.

por João


O trecho a seguir é de Guy Debord, escrito como apresentação, em 1960, para uma exposição na Alemanha do arquiteto Constant Nieuwenhuys, que propunha tornar a arquitetura a projeção de uma "poesia para habitar".

Em poucas palavras, apesar da ausência de uma contextualização mais profunda, cabe notar a colocação tanto do problema da resistência cotidiana à barbárie, quanto do domínio profundo que podemos ter - e devemos - sobre nossas experiências no sentido de contrapô-las conscientemente, e em todos os níveis, à esta mesma barbárie.

Assim: devemos nos especializar coletivamente nesse camaleão assustador que é a ideologia burguesa, para fazê-la - artísticamente - entrar em curto-circuito, com o pressuposto básico da apropriação coletiva dos meios de produção. Novamente, insisto: que se repare nos rigorosos critérios reivindicados por Debord para o balanço coletivo da experiência crítica e criadora no mundo da mercadoria...

Ah, em relação aos saudosistas irracionais da velha cultura popular que um dia foi produzida pelas massas exploradas em velhas condições de exploração, seria interessante reparar na caracterização que o próprio Constant faz das circunstâncias atuais da miséria cultural das massas, que, infelizmente, assinalam a impssibilidade dessa mesma cultura... "O espírito burguês ainda domina a vida inteira, e chega ao ponto de levar às massas uma arte popular pré-fabricada".

Boa leitura aos "navegantes".


O sucesso parcial de certas inovações e de igual maneira o sucesso parcial de nossa juventude – não penso aqui nos sucessos de tipo social, vale dizer, econômico – correm o risco de nos atrelar a uma liberdade de ideias como a uma liberdade de gestos que permanecem insuficientes. Um mínimo tédio não é ainda nosso jogo. Não se deve reduzir o campo de nossos desejos ao já visto e conhecido para o qual sentimentalmente somos levados, nossa abordagem geralmente difícil e incompleta desses desejos conhecidos contribuindo ainda para embelezá-los. Contra esse derrotismo, Constant, ao escrever em 1949 na revista Cobra que “falar de desejo, para nós, homens do século vinte, é falar do desconhecido”, designava a arma universal da experimentação permanente: “Para aqueles que portam longe seu olhar no campo do desejo, no plano artístico, no plano sexual, no plano social, em qualquer outro plano, a experimentação é uma ferramenta necessária para conhecer a fonte e o objetivo de nossas aspirações, suas possibilidades, seus limites.”

Alguns faziam dela uma etiqueta irreal cobrindo toda e qualquer produção pessoal normal. Outros procuravam dotá-la de uma aplicação verificável. Constant, que exigia em sua intervenção no Congresso de Alba, em 1956, que a nova arquitetura fosse uma poesia para habitar, mostrava que ao se servir das novidades da técnica e do material “pela primeira vez na história, a arquitetura poderá se tornar uma verdadeira arte de construção”. Em 1958, ele declarava numa discussão sobre a orientação da I.S.: “De minha parte, estimo que o caráter chocante exigido pela construção de ambientes exclui as artes tradicionais [...] Devemos então inventar novas técnicas em todos os campos [...] para os unir mais tarde na atividade complexa que engendrará o urbanismo unitário."

Desde antes dessa radicalização progressiva dos meios, a linha geral era bem visível, como o testemunha um texto já citado de Constant: “A liberdade só se manifesta na criação ou na luta, que no fundo têm o mesmo objetivo: a realização de nossa vida.”

“No período de transição, a arte criativa se encontra em conflito permanente com a cultura existente, enquanto que anuncia ao mesmo tempo uma cultura futura [...] O espírito burguês ainda domina a vida inteira, e chega ao ponto de levar às massas uma arte popular pré-fabricada. [...] O vazio cultural nunca foi tão manifesto quanto após a [segunda] guerra”, lia-se no “Manifesto” do grupo experimental holandês, redigido por Constant em 19484. Os dez anos que seguiram essa observação fizeram ver, até o escárnio, o derramamento regular desse vazio cultural, açoitado pelas atrações de circo; e sua incapacidade de se renovar.

Por que então queremos nós derrubar a cultura existente, sair do plano sobre o qual ela sempre se desenvolveu com alternâncias de sucesso e de vazio relativo, em vez de apostar no caráter transitório da crise, em vez de ajudar a reformá-la? “Na verdade”, escreve Constant, “essa cultura nunca foi capaz de satisfazer sequer um homem, nem um escravo, nem mesmo o mestre que acreditava ser feliz num luxo, numa luxúria onde se localizavam todas as possibilidades criativas do indivíduo.” Sua liberdade é estática, limitada pelos imperativos de seu próprio reino. Só
existe liberdade teórica para os inimigos da liberdade. Constant, no mesmo texto, rejeitando o processo falseado da compreesão – “uma arte popular não pode corresponder atualmente às concepções do povo, pois enquanto o povo não participa ativamente da criação artística, só concebe os formalismos impostos”6 – exprime ao contrário o essencial de nossos interesses: “Não queremos ser ‘compreendidos’, mas libertados.”

O artista só tem, no melhor dos casos, a liberdade de exercer seu ofício de artista, isto é, de realizar certa produção normalizada, correspondendo às necessidades de tal ou tal camada do público, muito diferenciado, da cultura dominante. Uma vontade realmente vanguardista hoje em dia coloca imediatamente o problema de novos ofícios, que não podem de modo algum se exercer no contexto da sociedade burguesa, e cujo desenvolvimento previsível, dado os meios extensos que ele exige, nem mesmo é conciliável com uma economia capitalista.

Evidentemente nossa posição não é fácil. E a incerteza reina quanto aos resultados positivos que poderemos atingir. Iremos nós, os primeiros, até os jogos superiores por vir? Saberemos, ao menos, trabalhar utilmente nesse sentido? Do contrário as construções intermediárias não valerão de nada, mercadorias que permanecem meras mercadorias, lembranças que vulgarmente permanecem lembranças.

Mas que dizia Constant? “Nós encontramos amigos sem perder inimigos. São os inimigos indispensáveis? São, e serão até que nossos problemas sejam vencidos: nossos inimigos nos dão consciência a um só tempo de nosso poder e de nossa fraqueza.”


(Guy Debord)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NANANO_O QUE SE LEVANTA

no ano
de mutações
na esfera
sintética
da construção
social
na garganta
aberta
da construção
social
o sal
da terra
espera
a vez
de se
levantar
em pleno
mar de areia
no ano
das mutações
em pleno
mar de areia

NANANO_AS NARRATIVAS DO NAVIO NOMADE